- Polícia da Turquia reforça segurança diante da Embaixada da Rússia em Ancara, um dia após ataque que matou embaixador
Um grupo de 18 investigadores, agentes dos serviços secretos e diplomatas russos, partiu nesta terça-feira (20) rumo à Turquia para investigar o assassinato do embaixador russo em Ancara, ocorrido na segunda-feira (19). O anúncio foi feito pelo governo do presidente Vladimir Putin.
"O grupo operará na Turquia no âmbito da investigação sobre a morte do embaixador da Rússia, Andrei Karlov, em conformidade com o que foi acordado entre os presidentes russo [Putin] e turco [Recep Tayyip Erdogan] em uma conversa telefônica mantida na segunda-feira à noite", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Nesta terça-feira, seis pessoas já tinham sido detidas no âmbito das investigações locais, todas elas próximas do autor do ataque, o policial Mevlut Mert Altintas.
A agência de notícias estatal Anadolu disse que a mãe, o pai, a irmã e dois parentes dele foram detidos na província de Aydin, e colega de apartamento dele em Ancara também foi detido.
Altintas tinha 22 anos e não estava de serviço na hora dos disparos feitos contra o embaixador russo. Andrei Karlov foi morto no momento em que inaugurava uma exposição de fotos numa galeria de arte de Ancara.
O policial, que permaneceu atrás do embaixador na típica posição de proteção, sacou rapidamente sua arma e matou o diplomata com vários tiros nas costas. Após o assassinato, gritou "Deus é grande" e afirmou que sua ação era uma vingança pela cidade de Aleppo, reconquistada pelo exército sírio com o apoio da Rússia.
Aleppo se tornou o símbolo do sofrimento humano causado pela guerra, que não poupa mulheres e crianças.
Depois do ataque, de acordo com autoridades turcas, Altintas foi morto em um tiroteio com as forças especiais de intervenção da polícia turca.
Investiga-se se ele estaria vinculado ao pregador Fethullah Gulen, acusado de ter organizado o golpe de Estado frustrado de 15 de julho, hipótese levantada pelo prefeito de Ancara, Melih Gökçe.
Gulen, que vive exilado nos Estados Unidos e que nega as acusações de que esteve envolvido no golpe de julho, declarou que sentia uma "profunda tristeza" pelo assassinato do embaixador russo. (Com agências internacionais)
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