Estados
Unidos, Japão e Coreia do Sul estão trabalhando para cortar fontes de
renda da Coreia do Norte vindas do carvão e de trabalhadores no exterior
e considerando novas ações conjuntas depois do mais recente teste
nuclear norte-coreano, disse uma autoridade norte-americana nesta
terça-feira.
Entre os
planos dos EUA está o de acelerar a implementação do sistema antimíssil
Thaad na Coreia do Sul, dado o ritmo de testes da Coreia do Norte, e
este será postado lá "o mais rapidamente possível", disse Daniel Russel,
secretário-assistente de Estado norte-americano para o Leste da Ásia.
Russel
afirmou que os três países têm feito avanços em áreas chaves, como por
exemplo prejudicar o comércio de armas da Coreia do Norte e mudar o
registro das embarcações do país.
"Estamos
focando os nossos esforços em cortar as fontes de renda para os
programas ilegais nuclear e de armas do regime, incluindo renda gerada
pelo comércio de carvão e no exterior por trabalhadores norte-coreanos”,
afirmou Russel num texto preparado para uma sessão no Congresso.
"Os três
países vão continuar a aumentar os custos para a Coreia do Norte e a
mirar na renda e na reputação do país até que ele tome a decisão
estratégica de retornar a negociações sérias sobre desnuclearização e
cumprir com compromissos e obrigações internacionais”, disse ele.
Discussões
também estão em andamento sobre uma nova resolução com sanções contra a
Coreia do Norte, após a realização do seu último e maior teste nuclear
em 9 de setembro.
China repudia sanções dos EUA a empresa ligada a programa nuclear norte-coreano
A China
disse nesta terça-feira que é contra qualquer país usar suas próprias
leis para levar a cabo uma jurisdição expandida, depois que os Estados
Unidos sancionaram um atacadista de máquinas industriais chinês ligado
ao programa nuclear da Coreia do Norte.
O Tesouro
dos EUA disse que está punindo a Dandong Hongxiang Industrial
Development Co e quatro de seus executivos, inclusive o fundador da
empresa, Ma Xiaohong, com base em regulamentações norte-americanas que
visam envolvidos com a proliferação de armas de destruição em massa.
A entidade
acusou a empresa de agir em nome da norte-coreana Korea Kwangson Banking
Corp (KKBC), que está sob sanções dos EUA e da Organização das Nações
Unidas (ONU) por apoiar a disseminação destas armas.
O
Departamento de Justiça dos EUA disse ter feito acusações criminais
contra a empresa chinesa e os executivos por usarem empresas de fachada
para escapar das sanções aos programas nuclear e de mísseis balísticos
de Pyongyang.
Indagado
sobre a medida, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da
China, Geng Shuang, disse que seu país está comprometido em aplicar as
resoluções da ONU contra a Coreia do Norte, que exigem sanções rígidas
devido a seus testes nucleares e de mísseis.
Qualquer
pessoa ou empresa que violar as regras será punida, e se necessário a
China irá cooperar com outros países neste aspecto tendo por base o
respeito mútuo e a igualdade, disse Geng em um informe diário à
imprensa.
"Quero
enfatizar que nos opomos a que qualquer país adote a assim chamada
jurisdição de braço longo, usando suas próprias leis internas contra uma
entidade ou indivíduo chinês", acrescentou.
"Já comunicamos esta posição ao lado norte-americano", afirmou Geng, sem dar detalhes.
Embora a
China seja o único grande aliado da Coreia do Norte, o país desaprova
seus programas nuclear e de mísseis e expressou revolta com o teste
nuclear norte-coreano mais recente.
Pequim já
disse que vai trabalhar com a ONU para formular a resposta necessária,
mas ainda não se sabe se os chineses estão dispostos a concordar com
medidas duras o suficiente para forçar os norte-coreanos a abandonar as
armas nucleares.
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