Após teste nuclear de Pyongyang, aeronavesmilitares dos EUA voam sobre base aérea sul-coreana. Objetivo seria mostrar que Washington e Seul estão preparados para responder a ameaças à estabilidade da região.
Poucos dias após o o mais recente teste
nuclear realizado pela Coreia do Norte, duas aeronaves supersônicas
americanas com capacidade de transportar armas nucleares sobrevoaram o
território sul-coreano nesta terça-feira (13/09), numa demonstração de
força contra o regime de Pyongyang.
Os dois bombardeiros B-1, escoltados por
caças americanos e sul-coreanos, sobrevoaram a base aérea de Osan, a 77
quilômetros da zona desmilitarizada na fronteira entre as duas Coreias e
a cerca de 40 quilômetros de Seul.
Com os dois bombardeiros, trazidos
expressamente desde a base americana de Guam, no Pacífico, Seul e
Washington querem enviar a Pyongyang uma mensagem que "estão preparados
para responder às ameaças à estabilidade e à segurança" na região, diz
um comunicado emitido pelas Forças dos EUA na Coreia do Sul (UFSK, na
sigla em inglês).
A demonstração de força é "apenas um
exemplo das diversas capacidades militares que fazem parte dos recursos
desta sólida aliança para proporcionar e reforçar uma ampla dissuasão",
afirma na nota o general Vincent Brooks, comandante das USFK.
Brooks acrescentou que o teste nuclear
realizado na última sexta-feira pela Coreia do Norte – o quinto e mais
potente até o momento – representa uma "ameaça inaceitável",= e
ressaltou o "compromisso inabalável dos EUA de defender seus aliados na
região".
Enchente na Coreia do Norte
Enquanto isso, a Coreia do Norte
mobilizou suas tropas, ainda que por um motivo bastante diverso. Forças
militares se deslocaram para o norte do país, onde graves enchentes
forçaram o deslocamento de mais de 100 mil pessoas e deixaram 133
mortos. Há centenas de desaparecidos.
Os militares foram enviados para ajudar
as vítimas nas áreas inundadas pelo rio Tumen, que corre na fronteira
com a China. "Nossa força de trabalho e potencial material e técnico
estão agora concentrados na recuperação dos danos causados pelas
enchentes", informou a agência estatal de notícias KCNA.
As inundações resultam da pior tempestade
acompanhada de ventos fortes desde 1945. Mais de 35 mil casas, escolas e
edifícios públicos foram danificados, e 140 mil pessoas necessitam de
ajuda urgente.
O país, que já atravessa uma escassez
crônica de alimentos, teve inundados milhares de hectares de plantações,
apoucas semanas das colheitas de milho e arroz.
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