Barcos da Guarda Revolucionária iraniana hostilizam um navio dos EUA








  
Dois barcos armados da Guarda Revolucionária iraniana hostilizaram novamente no domingo um navio militar americano no Golfo Pérsico, informou o Pentágono.
Os Estados Unidos acusam regularmente a Guarda Revolucionária, a força paramilitar de elite subordinada do guia supremo iraniano, de ter um comportamento ameaçador a respeito dos barcos militares americanos que cruzam as águas internacionais do Golfo.
"Sete lanchas rápidas se aproximaram no domingo do USS Firebolt", um navio americano de patrulha costeira, afirmou o capital Jeff Davis, porta-voz do Pentágono.
Três dessas lanchas, com armas à mostra, se aproximaram a menos de 500 metros, sem responder ao chamados de rádio do barco americano.
Uma delas parou diante da nave americana, obrigando-a a manobrar para evitar um choque, segundo o porta-voz.
Em 24 de agosto, o "USS Squall", um barco de mesmo tipo que o "USS Firebolt", havia realizado três disparos de intimidação contra um barco iraniano que avançava diretamente contra ele em águas internacionais do Golfo.
Em janeiro, os iranianos capturaram brevemente as tripulações de dois pequenos patrulheiros americanos que perderam em águas iranianas. Os dez marinheiros americanos foram libertados 24 horas depois.

Presidente do Irã pede punição à Arábia Saudita por seus "crimes"

O presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu aos países muçulmanos uma união para "punir" a Arábia Saudita por seus "crimes", uma declaração sem precedentes em mais de duas décadas contra esta nação.
"Os países da região e e o mundo islâmico devem coordenar suas ações para solucionar os problemas e punir o governo saudita", declarou Rohani em um conselho de ministros, informa a agência pública Irna.
"Se o problema com o governo saudita se limitasse ao hajj (a peregrinação a Meca), talvez tivéssemos encontrado uma solução. Mas, infelizmente este governo, com os crimes que comete na região e seu apoio ao terrorismo, derrama o sangue dos muçulmanos no Iraque, na Síria, no Iêmen, e bombardeia diariamente e de maneira selvagem mulheres e crianças iemenitas", completou.
Rohani pediu uma coordenação entre os Estados muçulmanos para que "o hajj aconteça normalmente e os países da região se livrem do apoio deste regime ao terrorismo e o povo iemenita possa viver em paz e em segurança".
A guerra verbal entre Irã e Arábia Saudita se exacerbou com a peregrinação anual à Meca, que começa no sábado.
Irã e Arábia Saudita travam uma disputa há vários anos para influenciar a região. As políticas dos dois países divergem em vários temas, como as guerras no Iêmen e na Síria.
As relações ficaram ainda piores desde o tumulto do ano passado durante a peregrinação a Meca, quando morreram 2.300 peregrinos, entre eles 464 iranianos, de acordo com os balanços de vários países.
Para 2016 não há acordo entre Riad e Teerã. Pela primeira vez os iranianos não participarão no hajj.
"O Irã não perdoará nunca o sangue derramado por estes mártires", advertiu Rohani.

Irã e Arábia Saudita trocam acusações a poucos dias da peregrinação a Meca

A guerra verbal entre Irã e Arábia Saudita atingiu níveis máximos com uma agressiva troca de acusações, a poucos dias do início da peregrinação muçulmana a Meca, da qual os iranianos foram excluídos este ano.
Nesta quarta-feira, guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, criticou a família real saudita, que segundo ele não merece administrar os locais sagrados do islã.
"Esta catástrofe mostra mais uma vez que esta descendência maldita maléfica não merece administrar os locais sagrados do islã", declarou Khamenei ao receber as famílias dos 464 peregrinos iranianos que morreram no ano passado, de acordo com o seu site oficial.
Ele acrescentou que se os governantes sauditas não são os responsáveis pela tragédia de 2015 que matou 2.300 pessoas, deveriam autorizar uma "comissão de investigação internacional".
Mais cedo, o presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu aos países muçulmanos uma união para "punir" a Arábia Saudita por seus "crimes", uma declaração sem precedentes em mais de duas décadas.
A crise é exacerbada pela incapacidade dos dois países rivais do Oriente Médio de chegar a um acordo para a participação dos iranianos na peregrinação.
Em 2015, um grande tumulto em Meca provocou a morte de 2.300 pessoas, incluindo 464 iranianos.
Teerã acusou em maio Riad de "sabotagem", enquanto o reino saudita considerou inaceitáveis as exigências iranianas - em particular a de organizar manifestações - para a participação de seus cidadãos na peregrinação, um dos cinco pilares do islã.
Além da disputa pelo hajj (peregrinação, a República Islâmica (xiita) e o reino saudita (sunita) travam uma batalha de influência na região, tanto na Síria como no Iêmen.
Desde janeiro os países não mantêm relações diplomáticas. A decisão foi tomada por Riad após o ataque a sua embaixada em Teerã por manifestantes que protestavam contra a execução na Arábia Saudita de um líder religioso xiita.
"Os países da região e e o mundo islâmico devem coordenar suas ações para solucionar os problemas e punir o governo saudita", declarou Rohani em um conselho de ministros.
- "Irã não perdoará" -
"Se o problema com o governo saudita se limitasse ao hajj (a peregrinação a Meca), talvez tivéssemos encontrado uma solução. Mas, infelizmente este governo, com os crimes que comete na região e seu apoio ao terrorismo, derrama o sangue dos muçulmanos no Iraque, na Síria, no Iêmen, e bombardeia diariamente e de maneira selvagem mulheres e crianças iemenitas", completou.
Rohani pediu uma coordenação entre os Estados muçulmanos para que "o hajj aconteça normalmente e os países da região se livrem do apoio deste regime ao terrorismo e o povo iemenita possa viver em paz e em segurança".
"O Irã não perdoará nunca o sangue derramado por estes mártires", advertiu Rohani.
Teerã acusou Riad de "incompetência" na organização da peregrinação após a tragédia.
Os iranianos não poderão participar este ano, pela primeira vez em quase três décadas, da peregrinação até a principal cidade sagrada do islã.
Na segunda-feira, o aiatolá Khamenei já havia questionado a gestão dos locais sagrados do islã, Meca e Medina, pela Arábia Saudita. Em resposta, o grande mufti saudita, o xeque Abdel Aziz al-Sheikh, afirmou que os iranianos "não são muçulmanos".
"Sua hostilidade com os muçulmanos é antiga, em particular contra os sunitas", disse.
O chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, respondeu então que não há "efetivamente nenhuma semelhança entre o islã dos iranianos (...) e o do extremismo fanático que pregam (os sauditas)".
Nesta quarta-feira, Zarif acusou as autoridades sauditas de "fanatismo".
- Respaldo das monarquias do Golfo -
As monarquias sunitas do Golfo acusaram nesta quarta-feira o Irã de buscar "politizar" a peregrinação anual a Meca.
"Os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) rejeitam as declarações sucessivas dos altos dirigentes iranianos contra o reino saudita que contêm acusações e alegações totalmente incompatíveis com os valores e preceitos do islã", disse o secretário-geral da organização, Abdelatif Zayani.

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