A ONU teme que a região leste da cidade de Aleppo, uma das mais atingidas pela guerra na Síria, se transforme numa área sitiada, onde os comboios de ajuda não podem entrar.
O alerta foi feito esta quarta-feira pelo chefe da Força-Tarefa de Ajuda Humanitária, Jan Egeland. Ele afirmou que "nada é mais importante" do que acabar com os conflitos no país, que já duram mais de cinco anos.
Bombardeios e Confrontos
Em Genebra, Egeland afirmou que o que foi feito por Estados Unidos e Rússia, co-presidentes do Grupo Internacional de Apoio à Síria, não poderia ser mais importante.Mas ele declarou que a Síria "não precisa de mais documentos, precisa do fim dos bombardeios e dos confrontos".
Desde o início do ano, a ONU e parceiros conseguiram levar assistência humanitária a quase 780 mil pessoas em áreas cercadas ou consideradas de difícil alcance.
Catástrofe
Egeland deixou claro que "em meio a contínua hostilidade entre as tropas militares sírias e as forças de oposição, a perspectiva do surgimento de novas áreas sitiadas é muito real".Segundo ele, o recente aumento nos confrontos deixou centenas de trabalhadores humanitários sem condições de se movimentarem em Aleppo.
Egeland, que também é conselheiro especial do enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse que "é uma catástrofe que material de saúde esteja sendo alvo dos lados em conflito e que médicos e enfermeiras estejam sendo assassinados enquanto a população sangra".
Ele declarou que na cidade de Deir ez-Zour, 110 mil pessoas estão recebendo ajuda em lançamentos aéreos de aviões que sobrevoam a região.
Assistência
O chefe da Força-Tarefa afirmou que em abril, mais de 40% dos que necessitam de assistência humanitária conseguiram receber suprimentos em 12 das 18 áreas sitiadas do país.Comparado com 2015, onde o alcance da ajuda atingiu somente 5% da população, Egeland afirmou que o mês passado foi o melhor até agora.
Mas o progresso está ameaçado já que as permissões para a entrada dos comboios humanitários cobrem apenas 25% das pessoas nessas regiões. Calcula-se que mais de 900 mil pessoas necessitem de assistência imediata.
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