O líder
supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou os Estados Unidos nesta
quarta-feira de afastar empresários de Teerã e de prejudicar um acordo
para o alívio de sanções internacionais.
Khamenei
disse a centenas de trabalhadores que um acordo internacional assinado
entre o Irã e potências mundiais aliviou sanções financeiras, mas que a
obstrução norte-americana faz com que o Irã não consiga colher os frutos
econômicos por inteiro deste acordo.
"Em tese os
Estados Unidos permitem que bancos estrangeiros negociem com o Irã, mas
na práticas eles criam uma Irã fobia para que ninguém negocie com o
Irã", disse em discurso publicado em seu site oficial.
O Irã pediu
repetidamente para Washington fazer mais para remover obstáculos no
setor bancário, em linha com o acordo de julho com os Estados Unidos,
União Europeia, Rússia e China para remover a maior parte das sanções ao
Irã em troca de restrições em seu programa nuclear.
Mas algumas
sanções norte-americanas continuam, e bancos dos EUA permanecem
proibidos de realizar negócios com o Irã direta ou indiretamente porque
Washington ainda acusa Teerã de apoiar terrorismo e cometer abusos de
direitos humanos.
O secretário
de Estado norte-americano, John Kerry, disse ao ministro das Relações
Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, em Nova York, no sábado, que
Washington não está tentando impedir o Irã de negociar com bancos fora
dos EUA.
"Existem
agora oportunidades para bancos estrangeiros negociarem com o Irã...
Infelizmente parece haver alguma confusão entre alguns bancos
estrangeiros e queremos tentar esclarecer isto", disse Kerry.
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