Helicóptero americano S-70 pousa em uma fragata Perry na região de Hualien, leste de Taiwan, em setembro de 2014
A China convocou o encarregado de
negócios da embaixada americana em Pequim para protestar contra a venda
de armas a Taiwan - por um valor total de 1,8 bilhão de dólares - por
parte dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira a chancelaria
chinesa.
O vice-chanceler chinês Zhang Zeguang
expressou "os protestos solenes" de Pequim e afirmou que a China "tomará
as medidas necessárias para proteger seus interesses nacionais, entre
elas sanções contra os grupos envolvidos na venda de armas", segundo o
comunicado do ministério das Relações Exteriores.
O departamento americano de Estado
informou na quarta-feira sua intenção de vender a Taiwan duas fragatas
do tipo Perry, mísseis antitanque e mísseis terra-ar Stinger, entre
outras armas defensivas, em um negócio totalizando 1,83 bilhão de
dólares.
"A China exorta os Estados Unidos (...) a
cancelar seus planos de venda de armas a Taiwan e a deter os contatos
militares" entre os dois países "para evitar causar mais danos às
relações entre China e Estados Unidos e na cooperação bilateral em
importantes áreas".
A venda de armas à ilha "atenta
gravemente" contra as leis internacionais, contra os princípios que
regem as relações entre China e Estados Unidos, e contra a "soberania da
China e seus interesses em matéria de segurança", acrescenta o
comunicado.
China e Taiwan estão separadas de fato
desde o final da guerra civil, em 1949, quando as forças comunistas de
Mao Tse Tung expulsaram do continente os nacionalistas do Kuomintang
(KMT), que se refugiaram em Taiwan.
O anúncio da venda de armas chega pouco
depois da reconciliação entre os dois territórios asiáticos, e em um
contexto de temor diante de uma eventual militarização de Pequim em
parte do Mar da China Meridional
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