Em Aricanduva, na Zona Leste, água têm redução das 13h às 7h.
Redução do volume de água atinge quase toda a Grande São Paulo.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgou no final da tarde desta segunda-feira (26), cerca de um ano após o início da crise hídrica, os horários em que ocorre a redução de pressão da água nos bairros da capital paulista e da Grande São Paulo. Em alguns imóveis, as torneiras chegam a ficar com volume menor ou sem água por 18 horas, como é o caso de Aricanduva, na Zona Leste de São Paulo, que tem restrição das 13h às 7h.
Para saber os horários de redução da pressão na capital, veja a tabela no fim desta reportagem. Para consultar os horários sem água em outras regiões da Grande São Paulo, clique aqui. O endereço da página com as informações sobre a redução usava o termo "calculadora dos sonhos", que foi criticado nas redes sociais pelos clientes da companhia. O link foi alterado pela companhia no fim da tarde.
De acordo com a companhia, por meio de sua assessoria de imprensa, os horários de redução de pressão foram escolhidos de acordo com o perfil de consumo, como bairros estritamente comerciais ou residenciais, áreas com comércio muito forte, entre outros, e pelas "características topográficas, tamanho de população e característica da tubulação enterrada no local".
Cobrança
A Sabesp só divulgou os locais e horários em que há redução da pressão da água após determinação da Artesp, que autorizou a companhia a cobrar multa para quem aumentar o consumo. A Sabesp afirma que a medida não caracteriza "racionamento sistêmico".
A Sabesp só divulgou os locais e horários em que há redução da pressão da água após determinação da Artesp, que autorizou a companhia a cobrar multa para quem aumentar o consumo. A Sabesp afirma que a medida não caracteriza "racionamento sistêmico".
No início de janeiro, a Sabesp admitiu, pela primeira vez desde o início da crise hídrica, que toda a Região Metropolitana está com redução de pressão na água. “A Sabesp está aplicando a redução de pressão em todos os setores de abastecimento atendidos na Grande São Paulo”, diz texto na página da companhia.
Segundo a Sabesp, a diminuição da pressão nas tubulações ocorre desde 1997, mas foi intensificada durante a estiagem que enfrenta São Paulo. A companhia afirma que a redução ocorre “preponderantemente durante a noite/madrugada, período em que grande maioria da população dorme e as atividades econômicas praticamente inexistem”. Se o imóvel tiver caixa d'água, a redução da pressão na rede não é percebida, diz a Sabesp.
"A redução de pressão nas tubulações é uma tecnologia praticada rotineiramente pelas companhias de saneamento para redução de perdas de água. Com o avanço dos equipamentos hidráulicos e da transmissão de dados, é possível acompanhar em tempo real a quantidade de água utilizada em uma determinada região e calibrar remotamente a pressão existente na tubulação local para reduzir a quantidade de água perdida em vazamentos e fraudes", afirma a Sabesp.
Reservatórios
O Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, manteve seu nível em 5,1% no boletim divulgado nesta terça-feira (27) pela Sabesp. É o segundo dia que as represas ficam estáveis depois de duas semanas de quedas.
O Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, manteve seu nível em 5,1% no boletim divulgado nesta terça-feira (27) pela Sabesp. É o segundo dia que as represas ficam estáveis depois de duas semanas de quedas.
Uma chuva moderada ajudou o Cantareira a não perder água. Segundo o boletim, choveu 21 mm de água no sistema nas últimas 24 horas. No acumulado do mês, choveu 134,2 mm – 49,5% do esperado para janeiro.
A última vez que o Cantareira subiu foi no dia 26 de dezembro de 2014. De lá para cá, se manteve estável ou perdeu mais água do que recebeu. A última sequência de quedas, entre 12 e 25 de janeiro, foi a terceira maior desde o início da crise hídrica, no começo do ano passado. O sistema já utiliza sua segunda cota de volume morto.
Entre os demais cinco reservatórios que atendem a região metropolitana, três tiveram alta e dois caíram. O destaque fica para o Sistema Guarapiranga. No dia 1º de janeiro, ele operava com 40,6% da capacidade, e nesta terça já está com 46%.
Rodízio
Nesta terça-feira, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou que se as chuvas não aumentarem o volume do Cantareira, pode ser adotado rodízio de cinco dias sem água por semana.
Nesta terça-feira, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou que se as chuvas não aumentarem o volume do Cantareira, pode ser adotado rodízio de cinco dias sem água por semana.
Segundo ele, a medida seria adotada apenas em "situação extrema". Massato acompanhava Geraldo Alckmin em um evento em Suzano, porém o governador não deu nenhuma declaração sobre a possibilidade de rodízio.
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